Luanda - As eleições gerais em Moçambique, realizadas a 09 de Outubro, para a escolha do novo presidente, deputados à Assembleia Nacional, bem como governadores provinciais, constituiu, dentre outros, o assunto de destaque do noticiário africano durante a semana que hoje finda.
Mais de 17 de milhões de cidadãos escolheram na quarta-feira um novo Presidente, em eleições gerais, mas a publicação dos resultados pela CNE, caso não haja segunda volta, demora até 15 dias, antes de seguirem para validação do Conselho Constitucional.
Nestas sétimas eleições, serão eleitos o Presidente da República, 250 deputados, 794 membros das assembleias municipais e 10 governadores.
Concorreram à Presidência da República Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM, terceira força parlamentar), Daniel Chapo, com o apoio da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder desde 1975), Venâncio Mondlane, apoiado pelo partido extraparlamentar Podemos, e Ossufo Momade, com o apoio da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, maior partido da oposição).
O actual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos, em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais, já não concorreu a sua própria sucessão.
Mereceu igualmente atenção no noticiário africano da Agência Angola Press- ANGOP a situação no Sudão, onde o Conselho da União Europeia (UE) renovou as sanções contra os responsáveis pela guerra no país por mais um ano.
O Conselho da União Europeia (UE) prolongou, por mais um ano, as sanções aos responsáveis pela guerra civil no Sudão, onde prosseguem os conflitos entre dois grupos militares e as respectivas milícias.
Ainda durante os últimos sete dias, foi anunciado o aumento do número de deslocados na República Democrática do Congo (RDC), que atingiu um milhão este ano, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo o chefe dos direitos humanos da ONU, Volker Turk, que visitou a RDC, o país centro-africano está atolado em uma "mistura explosiva de violência crescente, interesses regionais e internacionais, empresas exploradoras e um Estado de direito fraco".
"De acordo com fontes humanitárias, 940 mil pessoas foram deslocadas internamente este ano", disse Turk, acrescentando que a situação se deteriora a cada dia e as pessoas foram também deslocadas de sua casa.
Também durante a semana finda a agência de saúde pública da União Africana (UA) informou que o monkeypox (Mpox) já infectou 38.300 pessoas, das quais 7.339 são casos confirmados, e matou 979 desde o início do ano em 16 países.
"O Mpox continua a ser um grande problema em África", admitiu o director do Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África), Jean Kaseya, na sua conferência de imprensa semanal, segundo o site Notícias ao Minuto.
"Perdemos 53 pessoas" na última semana, durante a qual também foram registadas 3.186 novas infecções (489 confirmadas), disse o médico congolês, observando que, até agora, em 2024, o número de casos confirmados aumentou 300% comparativamente a 2023.
Os cinco países mais afectados pela epidemia são a República Democrática do Congo (RDC), o Burundi, a Nigéria, a Cote d'ivoire e o Uganda.Moy/CS