Luanda – A morte por afogamento de 41 pessoas devido ao colapso de uma canoa sobregarregada, na Nigéria, constituiu, dentre outros, o assunto de destaque do noticiário africano durante a semana que hoje finda.
A canoa que transportava 53 agricultores para as suas quintas afundou-se num rio do estado de Zamfara, no norte do país.
"As buscas continuam para encontrar 41 dos passageiros, que continuam desaparecidos. Apenas 12 deles foram resgatados pouco depois do acidente", disse Na'Allah Musa, administrador político do distrito de Gummi, onde ocorreu o acidente.
A semana ficou também marcada pelas declarações da procuradora-geral da República de Moçambique, Beatriz Buchili, segundo as quais aquele país não deve tornar normal a corrupção, que, segundo ela, alimenta delitos como terrorismo e branqueamento de capitais,
A procuradora-geral da República falava durante a tomada de posse da nova directora do Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), Glória da Conceição Adamo, em Maputo.
Um outro assunto amplamente divulgado foram as declarações do Presidente egípcio, Abdel Fattah El-Sisi, sobre a criação de um Estado palestino independente e em uma trégua urgente em Gaza para mitigar a crise humanitária e promover uma troca de prisioneiros entre Israel e o Hamas.
Ao receber o secretário de Estado americano, Antony Blinken, o Chefe de Estado também exigiu o fim das violações israelitas na Cisjordânia e expressou o seu apoio ao Líbano após o ataque de terça-feira que causou 12 mortos e milhares de feridos, a maioria membros do Hizbullah.
Ainda durante os últimos sete dias, o candidato presidencial moçambicano Lutero Simango prometeu acabar com "o roubo do dinheiro do Estado", caso vença as eleições gerais de 09 de Outubro em Moçambique, pedindo mudança no rumo da governação do país.
"Queremos acabar com o roubo do dinheiro do Estado, já chega de sermos enganados, de sermos roubados", disse o candidato apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, num comício terça-feira no distrito de Milange, província da Zambézia, centro de Moçambique, citado na comunicação social.
E na Guiné Bissau, cinco partidos políticos guineenses formaram quinta-feira, em Bissau, uma coligação pré-eleitoral para criação da Aliança Patriótica Inclusiva (API), que designaram "Cabas Garandi" (Grande Cabaça), com a qual afirmaram que vão vencer as legislativas de 24 de Novembro.
Integram a API Cabas Garandi, a Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), do ex-primeiro-ministro Nuno Nabiam, a Frente Patriótica para Salvação Nacional (FREPASNA), do também ex-primeiro-ministro Baciro Dja, e o Movimento Guineense para o Desenvolvimento (MGD), liderado por Jorge Mário Fernandes.
Fazem ainda parte da coligação uma ala do Partido da Renovação Social (PRS), liderada por Fernando Dias, e um grupo de militantes do Movimento para a Alternância Democrática (Madem G-15), coordenado por Braima Camará.
Outro assunto que mereceu destaque foi a acusação do Centro para a Democracia e Direitos Humanos (CDD) moçambicano contra o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, de "interferência inaceitável" nas eleições em Moçambique, por ter recebido o candidato presidencial Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, partido no poder.
"É com grande indignação que condenamos, de forma veemente, a interferência inaceitável do Presidente da República da África do Sul, Cyril Ramaphosa, ao manifestar publicamente o seu apoio ao candidato da Frelimo, Daniel Chapo, em plena campanha eleitoral para as eleições de Moçambique, agendadas para o próximo dia 09 de Outubro", refere a organização não-governamental (ONG) moçambicana, em comunicado.CQ/CS