Luanda – A queda de quase totalidade do Governo queniano, provocada pelas manifestações anti-governamentais, ocorridas em Junho e que causaram a morte de pelo menos 39 pessoas, foi, dentre outros, um dos assuntos de destaque do noticiário africano durante a semana que hoje finda.
A posição foi tomada pelo presidente queniano, William Ruto, que manteve nos cargos o vice-Presidente, Rigathi Gachagua, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Musalia Mudavadi.
“Depois de ouvir o que o povo do Quénia tem dito e após uma avaliação exaustiva do desempenho do meu Governo e das suas realizações e desafios, decidi hoje (...) demitir todos os membros com efeito imediato", anunciou o chefe de Estado numa conferência de imprensa no palácio presidencial.
Em 26 de Junho, o Presidente queniano retirou um controverso projecto de orçamento que incluía aumentos de impostos, um dia depois de jovens manifestantes terem invadido o parlamento.
Constou igualmente das manchetes do noticiário africano da ANGOP, a assinatura, em Adis Abeba (Etiópia), de um memorando de entendimento entre a Comissão da União Africana (CUA) e o Fórum Regional das Universidades para o Reforço das Capacidades na Agricultura em África.
A parceria da referida comissão, liderada pela angolana Josefa Sacko, visa enriquecer o processo consultivo em curso destinado à desenvolver a próxima agenda agrícola de 10 anos para o continente.
Na ocasião foi assinado um outro memorando com o Fórum Africano de Serviços de Aconselhamento Agrícola, que vai promover serviços de extensão e aconselhamento agrícola, de modo a contribuir de forma eficaz e eficiente para a produtividade sustentada, rentabilidade e crescimento inclusivo da agricultura para a segurança alimentar, nutricional e de rendimento.
Ainda nos últimos sete dias, o presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, anunciou que vai marcar eleições legislativas antecipadas para 24 de Novembro deste ano no seu país.
O chefe de Estado falava à sua partida para uma visita de Estado de três dias à China, realizada esta semana.
E no Mali, o presidente provisório, Assimi Goita, foi eleito no último domingo para mais um ano à frente da Associação dos Estados do Sahel (AES), que também inclui Níger e Burkina Faso.
O Burkina Faso tornou-se sede da primeira sessão parlamentar dos Estados daquela confederação tripartida, onde se instalaram governos liderados por militares, informou o portal ActuNiger, citado pela televisão da capital.
De igual modo, o presidente nigeriano, Bola Tinub, foi reconduzido para mais um ano ao comando da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), cuja eleição aconteceu numa cimeira no domingo em Abuja (Nigéria).DSC/CS