Luanda – A onda de solidariedade e pedidos de ajuda face as catástrofes naturais ocorridas na Líbia e Marrocos, com cerca de oito mil vítimas mortais e dezenas de milhares de deslocados, marcaram o noticiário africano da ANGOP durante a semana que hoje finda.
O chefe das operações de emergência da organização das Nações Unidas (ONU), Martin Griffiths, disse que Marrocos deverá solicitar assistência à ONU "hoje ou amanhã" para ajudar os sobreviventes do forte terramoto que atingiu o país na semana passada.O responsável indicou que, uma vez dada a "luz verde por Marrocos", as Nações Unidas podem vir a participar na fase de ajuda aos sobreviventes.
Por sua vez, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, disse que “A África do Sul partilha a dor e lamenta a perda sentida pelos povos da Líbia e Marrocos. Estas catástrofes evidenciam mais uma vez a fragilidade da vida, quando confrontada com as forças da natureza".
Mais de cinco mil pessoas morreram devido as inundações associadas à tempestade Daniel no leste da Líbia, enquanto acima de dois mil cidadãos perderam a vida num terramoto registado no fim-de-semana no Reino de Marrocos.
Entretanto, o governo marroquino activou um programa de emergência para o realojamento de sinistrados e assistência geral às categorias mais afectadas pelo terramoto de Al Haouz, que abalou o centro-sudoeste do país a 8 de Setembro corrente.
Segundo o comunicado final de uma sessão de trabalho realizada no Palácio Real, em Rabat, o rei Mohammed VI ordenou um conjunto de medidas destinadas a mobilizar rapidamente todos os meios necessários para socorrer as famílias afectadas pela catástrofe natural “de escala sem precedente”.
E ainda no espírito de solidariedade, as Nações Unidas disponibilizaram 10 milhões de dólares (9,3 milhões de euros) para servir de ajuda as vítimas das inundações na Líbia, segundo anunciou a organização.
A verba foi desbloqueada de imediato para salvar vidas e evitar uma crise sanitária que possa resultar do elevado número de corpos por enterrar, falta de água potável ou outros factores.
Por sua vez, a União Europeia (UE) desbloqueou um milhão de euros para Marrocos, uma primeira ajuda financeira às vítimas do sismo que assolou o país na semana passada e causou mais de duas mil vítimas mortais.
Ainda durante os últimos sete dias, pelo menos 43 pessoas na sequência de um ataque de drones do exército a um mercado no sul da capital do Sudão, Cartum, de acordo com um novo balanço feito por activistas e um grupo médico.
Militares e um grupo paramilitar rival lutam pelo controlo do país.
Mais de 55 pessoas ficaram feridas no ataque no bairro de Maio, onde as forças paramilitares estavam destacadas, escreveu o Sindicato dos Médicos do Sudão em comunicado.
Um outro assunto que mereceu destaque foi a rejeição do Tribunal Superior de Pietermaritzburg, no sudeste da África do Sul, recusou, pela segunda vez em cerca de três meses, a um pedido de recurso do ex-presidente Jacob Zuma.
"Chegámos à conclusão de que não há mérito em nenhum dos argumentos apresentados pelo Sr. Zuma", disse o juiz Gregory Kruger ao proferir a decisão do tribunal.CS