Kinshasa – As Forças Armadas Congolesas (FARDC) acusaram o Exército ruandês de ter atacado na noite de 27 a 28 de Março, as suas posições em Tchanzu e Runyoni, duas localidades da província do Kivu-Norte no Leste da República Democrática do Congo (RDC).
Num comunicado assinado pelo brigadeiro Sylvain Ekenge Bomusa Efomi, porta-voz do governador militar do Kivu-Norte, Kinshasa afirma ter capturado dois soldados ruandeses nas fileiras dos rebeldes do M23 que atacou as tropas governamentais domingo e segunda-feira.
Os soldados ruandeses capturados são “o subtenente Habyarimana Jean-Pierre e o soldado Uwajeneza John, todos do sexagésimo quinto batalhão da 402.ª brigada das Forças de Defesa Ruandesas (RDF)”, sublinha o comunicado.
Também conhecido como “Exército Revolucionário Congolês”, o M23 é um antigo movimento rebelde congoleses da minoria étnica tutsi apoiados pelo Ruanda e o Uganda derrotado em 2013.
O mesmo havia tomado o controlo da vila de Goma, capital do Kivu-Norte, em 2012, antes de ser militarmente derrotado, em 2013, pelo Exercito congolês, apoiado por uma brigada de intervenção da ONU.
Mais de mil combatentes M23 refugiaram-se no Ruanda e no Uganda de onde reivindicam o respeito dos Acordos de Nairobi que consagram a reintegração na vida civil de alguns combatentes e no Exercito para os outros. O M23 acusa Kinshasa de não respeitar os seus compromissos.