Pretória - O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e o seu homólogo rwandês, Paul Kagame, mantiveram uma conversa telefónica sobre o conflito intensificado no leste da República Democrática do Congo (RDC).
De acordo com uma declaração presidencial divulgada hoje em Pretória, “os dois chefes de Estado concordaram sobre a necessidade urgente de um cessar-fogo e da retomada das conversações de paz entre todas as partes no conflito”.
O diálogo de alto nível ocorreu depois de a Força de Defesa Nacional Sul-Africana (Sandf) ter confirmado que nos últimos sete dias 13 dos seus membros perderam a vida na RDC.
De acordo com um comunicado do Sandf, após uma troca de morteiros entre as Forças de Defesa do Congo e membros do grupo armado M23 ocorrida na véspera perto do aeroporto de Goma, onde está localizada a base do Sandf, três militares uniformizados ficaram presos no fogo cruzado e morreram, embora não tenham participado directamente do combate.
Além disso, acrescentou, um dos seus membros que “foi ferido durante a batalha com os rebeldes do M23 nos últimos três dias” sucumbiu posteriormente.
Os restantes sul-africanos feridos continuam a receber cuidados médicos no “Hospital Goma Nível 3”, segundo a informação.
Por enquanto, o Governo da RDC anunciou que o exército nacional controla agora a maior parte de Goma. No entanto, os porta-vozes do M23 afirmam que são os responsáveis pela cidade.
No documento, o Sandf garante que continua totalmente comprometido com as suas responsabilidades de manutenção da paz no âmbito da Missão das Nações Unidas para a Estabilização na República Democrática do Congo (Monusco) e da Missão da SADC na República Democrática do Congo (Samidrc).
No ano passado, Ramaphosa explicou que os membros da Sandf estão destacados na RDC “para prestar serviços em conformidade com uma obrigação internacional da República da África do Sul para com a região da SADC”. JM