Pretória - O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, defendeu quarta-feira que a presença das tropas sul-africanas na RDC demonstra o compromisso em apoiar este país nos seus esforços para alcançar a paz e estabilidade duradouras.
Num comunicado, citado pela Prensa Latina, o Chefe de Estado sul-africano explicou como a presença de soldados sul-africanos na zona oriental da República Democrática do Congo não constitui uma declaração de guerra contra qualquer País ou Estado.
Os membros da Força de Defesa Nacional Sul-Africana (Sandf) que estão na RDC, lembrou, fazem parte dos esforços da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e das Nações Unidas para alcançar a paz e proteger milhares de vidas que são constantemente ameaçados pelo conflito naquela nação.
“A presença das forças da Missão da SADC na República Democrática do Congo (SAMIDRC) demonstra o compromisso dos Estados Membros da SADC em apoiar este país nos seus esforços para alcançar uma paz e estabilidade duradouras e, em última análise, criar um ambiente conducente ao desenvolvimento sustentável e à prosperidade”, destacou Ramaphosa.
A este respeito, acrescentou, a África do Sul saúda a posição recentemente adoptada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas durante a sua sessão especial sobre a situação na RDC, que apela ao fim imediato das hostilidades, à reversão da expansão territorial do M23, a saída de forças externas daquele país e a retomada das conversações de paz no âmbito do Processo de Nairobi.
A integridade territorial da República Democrática do Congo deve ser respeitada de acordo com a Carta das Nações Unidas sobre o respeito pela soberania, integridade territorial e independência política de outros Estados, destacou o Presidente no texto.
A declaração presidencial divulgada quarta-feira surge na sequência da recente intensificação dos combates no leste da RDC, onde a África do Sul perdeu 13 soldados.
Estes combates, tal como descritos no texto, são o resultado de uma escalada de combates por parte do grupo armado M23 e da milícia das Forças de Defesa do Rwanda (RDF), que enfrenta as Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC) e ataca as forças de manutenção da paz do SAMIDRC. JM