PR guineense lamenta "excesso de zelo" da polícia contra jornalista da Lusa

     África              
  • Luanda • Terça, 17 Setembro de 2024 | 16h57
Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló
Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló
Divulgação

Bissau - O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, lamentou hoje o que classificou de "excesso de zelo" da polícia contra o repórter de imagem da Lusa, em Bissau, mas avisou que as autoridades devem fazer cumprir a lei.

O profissional foi agredido no domingo por três agentes da Polícia de Intervenção Rápida (PIR) quando cobria a chegada ao país do presidente do parlamento, Domingos Simões Pereira, e obrigado a apagar as imagens que tinha recolhido, anunciado pela a Lusa.

O Presidente guineense visitou hoje o Ministério do Interior, onde reuniu o ministro, Botche Candé, elementos do seu gabinete e polícias em parada.

No seu discurso, Umaro Sissoco Embaló reconheceu que houve "excesso de zelo" daqueles agentes, mas salientou que, pessoalmente, enquanto chefe de Estado guineense, não pediu desculpa a Júlio Oliveira e nem a Portugal, porque "não cometeu nenhum erro".

Embaló salientou ter manifestado a sua solidariedade pessoal ao profissional da delegação da Lusa em Bissau, numa chamada telefónica de uma das suas assessoras.

"Houve exagero. Peço ao ministro do Interior que peça desculpa ao Júlio, que é um cidadão guineense e não português", observou hoje Umaro Sissoco Embaló, e salientou que a sua comunicação no Ministério do Interior é uma chamada de atenção construtiva pelas queixas que tem recebido da actuação das forças da ordem.

O ministro do Interior guineense, Botche Candé, que se encontrava ao lado de Sissoco Embaló, levantou-se e pediu desculpa "em nome do Presidente da República" ao jornalista Júlio Oliveira.

Embaló retomou a palavra para dizer que tem sido "atacado pela RTP-Àfrica", mas que nunca ligou, que a Lusa "está na Guiné-Bissau, sem problema" e que, enquanto Presidente, só se preocupa com a sua missão e não com o que dizem os jornalistas.

" O papel da polícia é dar segurança a todos os cidadãos. Infelizmente isso não está a ser observado. Muita coisa é atribuída ao Presidente, quando assim não é. O Presidente não pode saber de tudo", destacou Sissoco Embalo.

O chefe de Estado guineense frisou que não é papel da polícia agredir, mas manter a ordem no país.

Segunda-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros português lamentou o incidente com o repórter da Lusa na Guiné-Bissau, no domingo, e disse ter tomado "boa nota das diligências efectuadas" e do pedido de desculpas do Presidente guineense ao jornalista.

Em resposta a questões enviadas pela Lusa, o ministério liderado por Paulo Rangel afirmou que "Portugal lamenta este incidente, apresentou a sua posição às autoridades da Guiné-Bissau e toma boa nota das diligências efectuadas, que produziram já resultados, desde logo o facto de o Presidente da República da Guiné-Bissau ter telefonado ao repórter de imagem a pedir desculpa pelo que aconteceu". AM

 





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