PR guineense acusa ex-PM de "saber da tentativa de golpe" de 2022

     África              
  • Luanda • Segunda, 05 Agosto de 2024 | 22h39
Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló
Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló
Divulgação

Bissau - O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, acusou hoje o ex-primeiro-ministro Nuno Nabiam de "saber da tentativa de golpe" de Estado de 01 de Fevereiro de 2022, lamentando que alguém que ajudou na política o queira matar.

O chefe de Estado fez a acusação numa tertúlia com jornalistas no palácio da República, que durou mais de três horas, em que falou de quase todos os assuntos da vida do país.

Embaló, segundo noticia o site Notícias ao Minuto, relatou uma série de acontecimentos antes, durante e após a tentativa de golpe, citando sempre a alegada participação de Nuno Nabiam.

No dia 01 de Fevereiro de 2022, homens armados atacaram, com armas do exército, o palácio do Governo, em Bissau, onde Umaro Sissoco Embaló presidia a uma reunião do Conselho de Ministros.

O Presidente guineense disse que a acção foi conduzida por cerca de 30 militares e da qual morreram 12 pessoas, na sua maioria elementos da segurança presidencial.

O chefe de Estado explicou o que teria escutado, do local onde se refugiou, daqueles que o tentaram matar no dia 01 de Fevereiro de 2022, relativamente ao alegado envolvimento do ex-primeiro-ministro e líder da Assembleia do Povo Unido - Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB).

Embaló citou o militar que terá liderado a alegada tentativa de golpe, Tchami Yalá, afirmando que o então PM estava "do lado deles".

"Eu mesmo liguei ao Nuno mais de 30 vezes, mas não me está a atender", acrescentou o Presidente, ao pormenorizar o que teria ouvido da boca do líder operacional do golpe, numa suposta ligação com o então primeiro-ministro.

Tchami Yalá, militar do corpo dos fuzileiros da Armada guineense, continua a monte desde a tentativa do golpe de Fevereiro de 2022.

No dia da alegada tentativa de golpe, Nuno Nabiam e outros membros do Governo fugiram do palácio do Governo e refugiaram-se fora do edifício.

Umaro Sissoco Embaló disse que, ao ter escutado relatos dos revoltosos que indicavam a cumplicidade de Nabiam, deu indicações ao pessoal afecto à Presidência da República, no sentido de vigiar os seus passos.

"Disse-lhes que vigiassem Nuno Nabiam porque ele sabe do golpe", acusou, relatando ainda que nesse dia do Conselho de Ministros quis sair do palácio do Governo, 30 minutos antes da reunião, mas foi demovido pelo primeiro-ministro.

O chefe de Estado afirmou que, por apoiar Nabiam e o ter colocado como primeiro-ministro, este nunca o vai conseguir matar. Antigos aliados políticos, os dois estão de costas voltadas e nos últimos tempos têm trocado acusações publicamente.

Cerca de 50 pessoas, entre civis e militares, estão detidos há mais de dois anos acusadas de envolvimento na tentativa de golpe. O Tribunal Militar Superior ordenou, no passado dia 19 de Julho, a sua libertação, mas a ordem ainda não foi cumprida. JM





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