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Rwanda insta Kinshasa a negociar com rebeldes do M23

     África              
  • Luanda • Quinta, 09 Janeiro de 2025 | 18h52
Bandeira do Rwanda
Bandeira do Rwanda
Divulgação

Kigali - O Presidente do Rwanda, Paul Kagame, instou hoje a República Democrática do Congo (RDC) a negociar com os rebeldes do M23, movimento que, nos últimos dias, assumiu o controlo de cidades importantes no leste deste país, noticia o site Notícias ao Minuto.

Kagame, que falava à imprensa, em Kigali, a capital do seu país, disse que se Kinshasa não falar directamente com os rebeldes significa falta de vontade de encontrar uma solução política para o conflito.

O M23 (Movimento 23 de Março) é o mais importante dos mais de 100 grupos armados que lutam por uma posição na área rica em minerais perto da fronteira da RDC com o Rwanda, onde mais de um milhão de pessoas foram deslocadas pelos combates do ano passado.

No mês passado, o movimento rebelde tomou as cidades de Katale e Masisi, esta última situada 80 quilómetros a oeste da capital regional, Goma, um ponto de entrada estratégico para o interior da RDC, país vizinho de Angola.

Com estas últimas acções, o M23 alargou o seu controlo sobre a região que faz fronteira com o Rwanda.

A RDC acusa o Rwanda de apoiar o M23 e tem rejeitado repetidamente os conselhos de Kagame para negociar com os rebeldes.

Peritos das Nações Unidas estimam que existam cerca de quatro mil efectivos militares rwandeses na RDC.

Os rebeldes do M23 ganharam destaque há cerca de dez anos quando os seus combatentes tomaram Goma, que faz fronteira com o Rwanda.

A sua designação deriva do acordo de paz de 23 de Março de 2009, que os rebeldes acusam Kinshasa de não aplicar.

Após ter estado praticamente adormecido durante uma década, o M23 ressurgiu no final de 2021 e, desde então, conquistou vastas extensões de território no leste da RDC.

Em Julho de 2024, Kinshasa assinou um cessar-fogo com o M23, que entrou em vigor em Agosto, mas os combates recomeçaram.

Para além de negociar com a liderança do M23, Kagame disse que as autoridades democrático-congolesas também têm de lidar com a ameaça à segurança nacional do Rwanda decorrente da presença na RDC de outro grupo armado, a FDLR.

As autoridades rwandesas afirmam que a FDLR, cujos membros incluem alegados autores do genocídio de 1994 no Ruanda, está integrada no exército da RDC.

"A questão da FDLR tem de ser respondida", disse Kagame, acusando a RDC de perseguir o seu próprio povo e de o obrigar a refugiar-se no Rwanda.

Embora os líderes do M23 digam que estão empenhados em proteger os civis, as suas tentativas de tomar cidades causam pânico e medo generalizados, levando os habitantes locais a deslocar-se aos milhares.

Em Fevereiro passado, o Departamento de Estado dos Estados Unidos descreveu pela primeira vez publicamente o M23 como um grupo armado "apoiado pelo Rwanda" e instou este país a "retirar imediatamente todo o pessoal da Força de Defesa do Rwanda (Congo) e a remover os seus sistemas de mísseis terra-ar".

Peritos da ONU disseram anteriormente que tinham "provas sólidas" de que membros das forças armadas do Rwanda estavam a conduzir operações no país em apoio ao M23. MOY/AM

 





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