Yamoussoukro (Costa do Marfim) - Um navio petroleiro de bandeira chinesa foi esta terça-feira secruestado por um grupo de piratas no Golfo da Guiné, na costa ocidental do continente africano, cerca de duas semanas depois de um ataque a um petroleiro dinamarquês na mesma zona, noticiou hoje à Associated Press.
Segundo contou uma empresa de gestão de risco que opera na região, o navio em causa foi tomado a cerca de 300 milhas náuticas (cerca de 555 quilómetros) da costa de Yamoussoukro, a capital da Costa de Marfim.
Martin Kelly, da empresa EOS Risk Group, não soube confirmar quantas pessoas estão a bordo e como é que os piratas entraram na embarcação.
"Enquanto os detalhes permanecem obscuros, há duas explicações plausíveis. A primeira é que este é um incidente de rapto e resgate. A segunda pode ser o roubo de mercadoria", explicou Kelly à agência de notícias.
Este é o segundo incidente no espaço de apenas duas semanas no Golfo da Guiné. No passado dia 25 deste mês, um grupo de piratas assumiu o controlo de um navio petroleiro dinamarquês, com 16 pessoas a bordo, até que as forças navais francesas localizaram o navio e escoltaram-no até ao Togo.
O Conselho de Segurança da ONU adoptou em Junho de 2022 uma resolução unânime a condenar as operações de pirataria no Golfo da Guiné que, a par com a costa da Somália, é uma das regiões do mundo mais perigosas para a passagem de navios de mercadorias, dada a grande prevalência de actividade de piratas. DSC