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Pelo menos 367 mortes por cólera no Sudão do Sul até 15 de Janeiro

     África              
  • Luanda • Quarta, 22 Janeiro de 2025 | 16h02
Logomarca da Organização Mundial da Saúde (OMS)
Logomarca da Organização Mundial da Saúde (OMS)
Divulgação

Suíça - Pelo menos 367 pessoas morreram devido a cólera e houve cerca de 21.000 casos da doença reportados no Sudão do Sul desde Outubro até 15 de Janeiro, anunciou hoje a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O surto de cólera nesta nação foi declarado em Outubro de 2024 pelo Governo e o rácio de mortalidade é, actualmente, de 1,8%, o que excede o limiar fixado pela OMS de menos de 1%, lamentou a organização de saúde.

Mais de um quarto das 367 mortes ocorreu na última semana de Dezembro, segundo o comunicado da OMS, citado pela agência Lusa.

Foram registados casos de cólera em 31 dos 80 condados do país, sendo que o de Rubkona é responsável por 47% do total de casos, seguido do condado de Juba, com cerca de 10%, indicou.

"O actual afluxo de refugiados que fogem do conflito no Sudão aumenta o risco de surtos de doenças infecciosas como a cólera e continua a exercer pressão sobre um sistema de saúde já frágil", lamentou.

Para combater o aumento dos casos de cólera, o Ministério da Saúde, com o apoio da OMS e de parceiros, lançou, em Janeiro, várias campanhas de vacinação oral contra a cólera em quatro condados de alto risco: Malakal, Juba, Renk e Rubkona.

Com o apoio da Gavi (a Aliança para as Vacinas), presidida pelo antigo primeiro-ministro português Durão Barroso,  foram aprovadas cerca de quatro milhões de doses da vacina e, até à data, foram administradas cerca de 910.000 doses nos quatro condados, com uma cobertura superior a 90%, indicou.

A OMS continua a distribuir material médico essencial para a resposta à cólera às autoridades de saúde locais e nacionais e aos parceiros, concluiu.

A cólera é uma doença associada a deficientes condições de saneamento e abastecimento de água.

O Sudão está a braços com uma guerra, que começou em 15 de Abril de 2023,  entre o exército liderado pelo general Abdel Fattah al-Burhane e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), lideradas pelo seu antigo aliado, o general Mohamed Hamdane Daglo. AM

 





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