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ONU-União Africana em busca de estabilidade regional

     África              
  • Luanda • Quinta, 31 Outubro de 2024 | 13h59

Nações Unidas - A necessidade de fortalecer o intercâmbio entre a União Africana (UA) e as Nações Unidas concentrará hoje a agenda do Conselho de Segurança na promoção da estabilidade na região.

A reunião coincide com a publicação do relatório anual do Secretário-Geral sobre a consolidação dos laços entre ambas as entidades em questões de paz e segurança, bem como com os diálogos de alto nível para conceder assentos permanentes à região no Conselho.

O relatório mais recente da organização reconhece a importância da colaboração ONU-UA para a prevenção de conflitos, manutenção da estabilidade e operações de apoio, bem como a consolidação da paz e do Estado de direito.

Segundo o texto, entre as áreas críticas da região destacam-se a crise no Sudão, a estagnação política na Líbia ou as crescentes tensões entre a Etiópia e a Somália.

O continente também sofre com a deterioração da situação humanitária e de segurança na República Democrática do Congo e com a crescente ameaça do terrorismo e do extremismo violento no Sahel.

Segundo os especialistas, o diálogo entre ambos os fóruns é crucial para abordar estas questões prementes relativas à paz e segurança em África.

Na opinião do secretário-geral da organização, António Guterres, é inaceitável que o Conselho de Segurança não tenha uma voz permanente para um continente que abriga mais de mil milhões de pessoas.

África tem três assentos não permanentes que são renovados semestralmente, mas tanto a nível regional como dentro das estruturas da ONU a sua inclusão é exigida a outro nível.

Nas recentes negociações do Pacto para o Futuro, documento emanado da Cimeira homónima, os estados comprometeram-se a reforçar a visão global do multilateralismo e a promover mais espaço para regiões como África.

Como parte das negociações a este respeito, a ONU está a promover a expansão do Conselho de Segurança com entre 21 e 27 membros com a intenção de “corrigir a injustiça histórica contra África como uma prioridade”.

Ao mesmo tempo, reconhece a região como um caso especial, que pode servir para melhorar a representação de outras áreas e grupos sub-representados e não representados. JM





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