Roma - A guerra no Sudão está a esgotar a resposta humanitária e a exacerbar as tensões na África Central e Ocidental, ameaçando a estabilidade nesta região, alertou hoje a chefe do Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU.
Cindy McCain, que emitiu um comunicado após falar com refugiados do Sudão, em solo tchadiano, no âmbito de uma visita ao Tchad, Togo e Benim, alertou para a necessidade de "actuar agora para evitar que o Thad se torne mais uma vítima desta crise".
De acordo com o PAM, apesar do aumento das necessidades humanitárias nos países vizinhos do Sudão, o financiamento continua a ser escasso.
A agência da ONU afirmou que "o efeito de arrastamento [da guerra no Sudão] será devastador para a paz e a estabilidade numa região que já sofre de choques climáticos extremos, insegurança e declínio económico".
Mais de 648.000 sudaneses fugiram dos países limítrofes (Egipto, Tchad, Sudão do Sul, Etiópia e República Centro-Africana) desde o início dos combates no Sudão, em Abril deste ano, segundo a Agência da ONU para os Refugiados (ACNUR).
No passado mês de Junho, o primeiro-ministro do Chade, Saleh Kebzabo, afirmou que os refugiados sudaneses estavam a "esgotar" os "recursos" do Tchad e apelou à comunidade internacional para que concedesse mais ajuda.DSC