Maputo - O ciclone Gombe já provocou 61 mortes em Moçambique, de acordo com a actualização do balanço feito pelas autoridades, segundo o qual há mais de 480 mil pessoas afectadas.
O relatório do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) consultado pela Lusa refere que 53 mortes foram causadas por desabamento de paredes e as restantes por afogamento, queda de árvores e eletrocussão, mantendo-se em 82 o número de feridos.
O ciclone, que atingiu o centro e norte de Moçambique no dia 11, destruiu ainda total e parcialmente 95.500 casas e inundou outras 9.551, além de danificar 69 unidades hospitalares, 129 estradas e 2.748 postes de energia.
A intempérie destruiu também cinco pontes, 1.458 salas de aula, afectando 143.904 alunos, 2.420 professores e 469 escolas.
O Gombe atingiu Moçambique três anos depois de os ciclones Idai e Kenneth terem fustigado, respectivamente, as regiões centro e norte do país naquela que foi uma das mais severas épocas chuvosas de que há memória.
Desde o início da atual época chuvosa, em outubro, pelo menos 134 pessoas morreram e mais de 760 mil foram afectadas por desastres naturais em Moçambique.
O país enfrenta anualmente várias tempestades durante a época ciclónica e chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril.