Maputo - Moçambique e Zâmbia poderão instalar brevemente uma fronteira de paragem única e que funcione 24 horas por dia, com vista a emprestar mais dinamismo às trocas comerciais e fluxo de negócios entre os dois países.
De acordo com a agência de notícias AIM, a informação foi partilhada na noite de sábado (29) pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, em conferência de imprensa para o balanço da sua visita de três dias àquele país vizinho.
A fronteira, que se prevê que entre em funcionamento na fase piloto, deverá juntar Chanida, do lado da Zâmbia, e Cassacatiza, do lado moçambicano.
“Decidimos acelerar o processo de construção de postos fronteiriços de paragem única, porque a economia zambiana é muito violenta (na positiva) e por isso quer desenvolver a partir dos nossos portos”, disse o Chefe de Estado moçambicano.
Depois da materialização deste projecto, os dois países avançarão para a implantação de outras fronteiras e para o melhoramento de infra-estruturas.
Outro projecto estruturante é a construção de portos secos que, segundo o presidente moçambicano, vai potenciar o transporte ferroviário. Os portos secos são de vital para a Zâmbia pelo facto de ser um país sem acesso ao mar e, por isso, quer adoptar estratégias para tornar as suas mercadorias mais competitivas, algo que passa pela redução dos custos de transportes.
O incremento do volume da energia eléctrica fornecida à Zâmbia foi também um dos pontos de agenda que norteou a visita de Nyusi àquele país vizinho, sendo que foram mobilizados recursos (não especificados) para a construção da interligação eléctrica entre os dois países.
Outros aspectos que foram alvos de debate nesta visita de três dias, estão relacionados com a cooperação para melhor exploração de recursos minerais, para além da gestão conjunta dos recursos hídricos dos países.
Por isso, o Chefe de Estado moçambicano faz um balanço positivo da primeira visita que efectuou à Zâmbia. ADR