Maputo - Moçambique vai abdicar de concorrer a um dos lugares na comissão na União Africana, concentrando-se na candidatura a membro não-permanente do Conselho de Segurança da ONU, anunciou a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Verónica Macamo.
"O nosso desafio é as Nações Unidas", referiu a governante esta sexta-feira, em Maputo, após uma reunião ministerial da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) via internet sobre os lugares de comissários na UA e o processo de eleição.
"Podíamos concorrer, mas achamos que, tal como decorreu o processo, estamos confortáveis com os que foram escolhidos" para vir a representar a SADC, cuja selecção ao nível da sub-região foi adiada para Janeiro, com vista à votação final em Fevereiro, sublinhou.
O adiamento acompanha o de outras organizações sub-regionais africanas, que pediram tempo para chegar a consensos, acrescentou a ministra.
Segundo Macamo, o "trabalho de base" de Moçambique prossegue para ter lugar no Conselho de Segurança e a governante mostra-se confiante num desfecho positivo, tendo em conta os contactos realizados "com vários países".
"Dizem que vão estar connosco", destacou.
"Acreditamos que, tal como temos recebido as respostas de vários países, a nossa candidatura vai ser bem-sucedida", concluiu.
Verónica Macamo tinha anunciado em Outubro que a SADC endossou a candidatura e que Moçambique se candidatava assim a membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para o mandato 2023/2024, cujas eleições vão decorrer em 2022.
O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 membros, cinco permanentes e 10 não-permanentes eleitos por mandatos de dois anos e em que cinco são substituídos a cada ano.
Na eleição há um número fixo de assentos para os diferentes grupos regionais - tal como a SADC - em que a Assembleia Geral da ONU se divide.