Bamako - O mediador da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) para o Mali e ex-Presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, é esperado esta terça-feira, em Bamako, anuncia um comunicado de imprensa da Comissão da Organização oeste-africana.
Segundo a nota, Jonathan é portador de uma mensagem dos chefes de Estado e de Governo da organização sub-regional ao Presidente da Transição do Mali, coronel Assimi Goita.
O ex-Presidente da Nigéria far-se-á acompanhar do Presidente da Comissão da CEDEAO, Jean Claude Kassi Brou, refere a nota, acrescentando que esta visita oficial insere-se "no quadro da implementação das últimas recomendações da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO sobre o Mali".
A deslocação do mediador na África Ocidental segue-se a várias outras missões para o acompanhamento da situação no Mali.
O país foi suspenso de todos os órgãos da CEDEAO desde o golpe de Estado que derrubou o ex-Presidente Ibrahim Boubacar Kéita, a 18 de Agosto de 2020.
Recentemente, a organização sub-regional que recomendou às autoridades de transição a organização de eleições gerais, em 27 de Fevereiro, proibiu os membros do órgão legislativo (Conselho de Transição, CNT) e do Governo do Mali, exceptuando-se o Presidente da Transição e o Ministro dos Negócios Estrangeiros, de qualquer visita à região da CEDEAO.
Para além desta medida, a CEDEAO impôs-lhes igualmente o congelamento dos seus bens, decisão também seguida pela União Europeia (UE).
As autoridades da transição do Mali sugeriram que as eleições não poderiam ter lugar, a 27 de fevereiro, invocando a insegurança que persiste, no Mali, e anunciando um novo calendário para as eleições depois da Reunião National da Refundação (ANR), atualmente em curso no país e terminará, a 30 de dezembro.
Esta reunião deve ajudar a lançar as bases para um novo Mali (Mali-koura) com o estabelecimento de um novo quadro institucional para o país, depois de anos de crise política, social e de segurança.
