Líder jihadista e outras 14 pessoas condenadas à morte no Mali

     África              
  • Luanda • Sábado, 14 Novembro de 2020 | 09h17

Bamako - A justiça do Mali condenou à morte o líder de um grupo islamita armado, assim como outros 14 homens, pelas suas ações no sul do país, na fronteira com a Côte d'Ivoire e o Burkina Faso.

"Não lamento nada porque a nossa luta é contra o secularismo do Estado do Mali. Se tiver oportunidade, recomeçarei", disse o principal arguido, Souleymane Keïta, 61 anos, que esteve presente na audiência com outros dois arguidos.

Os restantes 12 arguidos, ausentes da audiência, foram condenados à morte à revelia, uma prática que não é excecional no Mali, país afetado pela violência e a propagação de 'jihadistas'.

No entanto, na prática, o Mali não aplica a pena de morte desde 1980, ainda que conste na legislação, pelo que as sentenças proferidas devem equivaler a prisão perpétua, referiu a agência France Presse.

Keïta estava a ser julgado como líder da unidade de combate 'Khaled Ibn al-Walid', conhecido por "Ansar Dine do Sul", numa referência ao grupo islâmico Ansar Dine, fundado pelo tuaregue Iyad Ag Ghaly, e que tinha assumido o controlo do norte do Mali em 2012, até uma intervenção militar internacional lançada por França.

O Ansar Dine juntou-se a outros vários grupos armados em 2017 para criar o Grupo de Apoio Ao Islão e Muçulmanos (GSIM), aliado da Al-Qaida e que reivindicou a responsabilidade pela maioria dos grandes ataques no Sahel.

De acordo com a acusação, Keïta e Ag Ghaly realizaram um pacto para aumentar a presença no sul do Mali.

Oito anos após o início da insurreição, o Mali enfrenta uma onda de violência 'jihadista' e intercomunitária que provocou milhares de mortes.

Além da forte presença no centro do país, em particular junto às fronteiras com Burkina Faso e Níger, há receios que os 'jihadistas' pretendam alcançar terreno até à zona do Golfo da Guiné.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de quatro mil pessoas foram mortas em ataques terroristas em 2019 no Mali, Burkina Faso e Níger, tendo o número de pessoas deslocadas aumentado 10 vezes, ficando próximo de um milhão.





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