Um tenente do líder 'jihadista' do Mali Iyad Ag Ghaly e outros 40 atacantes foram mortos na sexta-feira em resposta ao ataque a um campo da missão das Nações Unidas (Minusma), que causou quatro mortes, foi hoje anunciado.
"Inquestionavelmente, as forças de manutenção da paz infligiram um importante revés aos terroristas, mesmo que lamentemos a morte de quatro" membros das forças da ONU, disse Mahamat Saleh Annadif, o representante especial do secretário-geral da ONU para o Mali e chefe da Minusma, citado pela agência France Presse.
Quatro soldados de manutenção da paz chadianos foram mortos num ataque ao seu acampamento na sexta-feira em Aguelhok, a cerca de 200 quilómetros da Argélia, informou a ONU.
Um funcionário da ONU disse que cerca de 20 dos 100 'jihadistas' que participaram na operação foram mortos durante três horas de combate.
Na sequência de operações no domingo e segunda-feira, as forças de manutenção da paz encontraram mais corpos.
"Até agora, mais de 40 terroristas foram mortos, incluindo um braço direito de Iyad Ag Ghaly, chamado Abdallaye Ag Albaka", informou Annadif.
Iyad Ag Ghaly dirige o Grupo de Apoio ao Islão e aos muçulmanos (GSIM), afiliado da al-Qaeda e um dos principais atores 'jihadistas' no Mali e no Sahel.
Abdallaye Ag Albaka, ex-prefeito da cidade de Tessalit, era apontado como o braço-direito de Iyad Ag Ghaly com um papel militar proeminente no Norte.
Um oficial de segurança da ONU, falando sob condição de anonimato dada a sensibilidade das informações, colocou-o em terceiro lugar na hierarquia do GSIM.
Quatro 'jihadistas' foram capturados e entregues às forças malianas, disse o oficial.
A Minusma, destacada no Mali desde 2013 (15.000 homens e mulheres, incluindo cerca de 12.000 militares), é atualmente a missão de manutenção da paz da ONU com mais baixas no mundo, com mais de 140 mortos em atos hostis, de acordo com as estatísticas oficiais.