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Líder da ADI admite risco do partido são-tomense desaparecer

     África              
  • Luanda • Quinta, 16 Janeiro de 2025 | 16h07
Primeiro-Ministro de São-Tomé, Patrice Trovoada
Primeiro-Ministro de São-Tomé, Patrice Trovoada
Divulgação

São-Tomé - O ex-primeiro-ministro são-tomense Patrice Trovoada admitiu que a Acção Democrática Independente (ADI), que lidera, vive o "período mais difícil da sua existência" e corre o risco de desaparecer, após "o golpe" que derrubou o Governo, noticia o site Notícias ao Minuto.

"O risco que nós temos hoje com o novo Governo é de retrocesso, de incongruência, de aumento do autoritarismo e da corrupção, e o risco para o ADI é, de facto, de nos virmos a fraccionar e acabarmos por desaparecer, quando desde 2010 somos o maior partido de São Tomé e Príncipe", disse Patrice Trovoada em mensagem de vídeo publicada na rede social Facebook, na noite de quarta-feira.

Patrice Trovoada, admitiu tratar-se do "período mais difícil da sua existência como partido político", mas lembrou que foi o "escolhido para conduzir os destinos da nação são-tomense até 2026".

"O ADI foi vítima, e todo o país, de um golpe palaciano, golpe esse que contou com pessoas que nós até agora considerávamos de companheiros, que demonstraram a falta de integridade, a falta de honestidade, a ingratidão e o espírito perverso que levou não só à traição de outros companheiros, mas sobretudo levou a traição do contrato estabelecido entre o nosso partido e o povo que nos elegeu com maioria absoluta", declarou.

O presidente da ADI, pediu ao militantes do partido "bastante resiliência, coragem e carácter", prometendo manter-se "sempre activo junto do partido", sobretudo na preparação do próximo congresso que quer que aconteça o "mais rapidamente possível" para "expulsar todos aqueles que decidiram de facto sacrificar a ADI, sacrificar o programa de Governo".

Entre os visados da expulsão, Patrice Trovoada destacou o Presidente da República, Carlos Vila Nova.

O chefe de Estado são-tomense entregou o cartão de militante da ADI após assumir as funções 2021.

"Eu apelo (...) à união (dos militantes), a continuarem a confiar no presidente do partido e no líder do partido para (...) sairmos dessa situação grave, perigosa, quer para o país, quer para o partido", afirmou.

O novo Governo são-tomense é composto por 10 ministros, seis homens e quatro mulheres, e quatro elementos fizeram parte do executivo anterior, liderado por Patrice Trovoada.

Após a posse do executivo, o segundo vice-presidente da Acção Democrática Independente, Orlando da Mata, afirmou que "muitos membros" da ADI com função de relevância no partido, "e que puseram, acima de tudo, o país (à frente)", apoiam o novo Governo são-tomense, contrariando a contestação da direcção do partido.

"Hoje nós temos uma figura da ADI (Américo Ramos) no poder, nós temos um elenco maioritariamente da ADI com algumas áreas estratégicas (...), nós vemos um Governo competente e que irá ter muito apoio, não só dentro da ADI como fora", disse.

No entanto, Patrice Trovoada disse que não há "nada de surpreendente" quanto à participação de alguns membros da ADI no novo Governo, porque alguns, "desde a primeira hora, faziam parte do golpe" e outros, "no meio da confusão", pediram para integrar.

"O partido vai conhecer muitos ataques, as pessoas contam, os golpistas contam com a nossa fragilidade, nomeadamente com a precariedade material que muitas vezes afecta a nossa militância e também (...) alguma ambição precipitada e falta de visão de médio e longo prazo, porque esse Governo não tem como ter sucesso", disse Patrice Trovoada.

O novo primeiro-ministro são-tomense foi ministro das Finanças (2010-2012 e 2014-2018) de governos do ex-primeiro-ministro Patrice Trovoada, secretário-geral da ADI, e governador do Banco Central de São Tomé e Príncipe, cargo que ocupava até assumir a chefia do Governo.

Américo Ramos, foi escolhido pelo Presidente da República, Carlos Vila Nova, após rejeitar dois nomes propostos pela ADI.

Carlos Vila Nova, demitiu o 18.º Governo, liderado por Patrice Trovoada, em 06 de Janeiro, apontando "assinalável incapacidade" de solucionar os "inúmeros desafios" do país e "manifesta deslealdade institucional". CQ/AM

 

 

 





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