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Governo gabonês nega actos de tortura e maus tratos ao ex-Presidente Bongo

     África              
  • Luanda • Quinta, 16 Maio de 2024 | 19h22
Presidente do Gabão, Ali Bongo Ondimba
Presidente do Gabão, Ali Bongo Ondimba
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Libreville - O Governo gabonês negou que torturou e maltratou o ex-Presidente Ali Bongo e afirmou que este é livre de sair do país,  em resposta a uma queixa apresentada em França pelos advogados da família, noticia a Lusa.

"O Governo deseja afirmar" que a família Bongo não está a ser submetida "a qualquer forma de tortura ou maus tratos, como afirmam os seus advogados", afirmou a porta-voz do executivo, Laurence Ndong, na quarta-feira à noite, numa declaração transmitida pelo canal de televisão estatal Gabon 1.

Na terça-feira, os advogados franceses da família Bongo apresentaram uma queixa, em França,  denunciando a "detenção ilegal", o "sequestro agravado por acção de tortura" e "actos de barbárie" cometidos contra vários membros da família de Bongo. 

Rejeitando as "acusações caluniosas e falsas que prejudicam a imagem do Gabão", a porta-voz do Governo afirmou que a mulher do ex-Presidente, Sylvia Bongo, cidadã franco-gabonesa, e o seu filho, Nourredine Bongo, tinham sido "acusados de crimes extremamente graves".

"Recordamos que o antigo Presidente Ali Bongo Ondimba pode abandonar o país quando lhe aprouver", prosseguiu, e afirmou que o Governo se reserva ao direito de intentar acções judiciais em resposta a estas acusações.

Herdeiro da dinastia Bongo, que manteve o poder no Gabão durante quase 55 anos, Ali Bongo foi derrubado por um golpe militar em 30 de Agosto de 2023.

Os golpistas, liderados pelo General Brice Oligui Nguema, acusaram o círculo mais próximo de Ali Bongo, principalmente a sua mulher e o seu filho, de terem gerido o país de forma desleal e de terem saqueado o Gabão através de um desvio maciço de fundos públicos.

Ali Bongo foi colocado em prisão domiciliária no dia do golpe, mas foi-lhe dada liberdade para circular uma semana mais tarde.

Os militares parecem tê-lo ilibado rapidamente, e consideraram que foi "manipulado" pela mulher e pelo filho.

De acordo os advogados franceses da família, Noureddin Bongo foi "torturado várias vezes, espancado com um martelo e um pé de cabra, estrangulado, chicoteado e electrocutado com um taser".

Já Sylvia Bongo, que foi obrigada a assistir às torturas (...), foi igualmente espancada e estrangulada, "no âmbito de uma espoliação desenfreada dos bens da família", declararam.

Segundo um dos advogados, "os responsáveis por estes actos vão ter de responder perante a justiça francesa", e os autores "são passíveis de uma pena de prisão penal que pode ir até à prisão perpétua". MOY/AM

 



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