Kinshasa - O Presidente da República Democrática do Congo (RDC), Félix Tshisekedi, instou o governo a implementar um plano humanitário de emergência para as populações do Kivu Norte que vive actulmente em situação crítica.
Os fortes confrontos entre as Forças Armadas da RDC e o Movimento 23 de Março (M23), apoiado pelo Rwanda, aumentaram o número de deslocados na província, onde já existia um panorama bastante complexo.
Perante esta situação, Félix Tshisekedi apelou ao Conselho de Ministros para que aplique urgentemente um plano de emergência que inclua um censo das pessoas deslocadas para identificar o seu número, perfil e necessidades específicas, bem como avaliar os recursos disponíveis para organizar uma resposta eficaz.
Além disso, foi indicada a criação de abrigos temporários, com infra-estrutura básica segura e com assistência alimentar e nutricional, incluindo programas específicos para crianças e mulheres grávidas ou lactantes, para prevenir a desnutrição, informou Actualidad, CD.
Outros aspectos a ter em conta são a prestação de serviços de saúde mental e apoio psicológico às pessoas traumatizadas pelo conflito, o fornecimento de água potável e a criação de centros educativos temporários para garantir a educação das crianças deslocadas.
Segundo o porta-voz do Governo, Patrick Muyaya, um relatório sobre a implementação efectiva destas medidas será apresentado ao Presidente Tshisekedi no prazo de 15 dias.
Segundo a Actualidad,CD, este sábado regista-se uma calma precária em Goma, capital do Kivu Norte, após os confrontos entre o Exército Congolês e o M23, que provocaram a deslocação de milhares de pessoas que ficaram desalojadas, sem comida nem acesso aos cuidados de saúde. JM