Cabo Delgado - O Governador da província moçambicana de Cabo Delgado, Valige Tauabo, exigiu hoje aos novos directores provinciais mais assistência e soluções para as famílias afectadas pelas acções dos terroristas e do ciclone Chido, noticia o site Notícias ao Minuto.
O responsável que falava hoje na cidade de Pemba, no acto de empossamento dos novos directores provinciais para o quinquénio 2025 2029, lembrou que algumas famílias afectadas pelas acções dos terroristas e do ciclone Chido estão a regressar às suas zonas de origem, sendo necessários esforços para prover assistência em quase todas as áreas para minimizar o impacto das duas situações.
"Nos distritos afectados pelo terrorismo, a população clama pela assistência humanitária, solicita-nos abrigos, alimentos, medicamentos e insumos agrícolas", disse Valige Tauabo, dirigindo-se aos directores empossados, diante de dezenas de convidados.
Além da assistência humanitária, o dirigente quer os directores presentes junto da população para viverem os problemas que enfrentam, numa altura em que os rebeldes destruíram quase tudo.
"Acima de tudo, requer a nossa presença, requer os serviços da saúde, da educação, electricidade, água, assistência agro-pecuária, transporte, comunicação e segurança", disse.
O governador de Cabo Delgado falou igualmente do impacto do ciclone Chido, que devastou a província, em Dezembro último, lembrando ser urgente acções de planificação para minorar o sofrimento dos populares, sendo Mecúfi, Metuge, Ancuabe, Chiúre e Pemba os distritos mais afectados, pois o temporal devastou "severamente habitações da população e infra-estruturas públicas e privadas".
"Esperamos de cada um de vós, no seu sector, resultados que permitam inverter o cenário de emergência em Cabo Delgado para uma nova página, rumo ao desenvolvimento", concluiu.
Desde Outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.
O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de Maio de 2024, à sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários mortos e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e militares rwandeses, que apoiam Moçambique no combate aos rebeldes. MOY/AM