Acra - O coordenador residente das Nações Unidas (ONU) no Ghana, Charles Abani, instou os ghanenses a aprender com o genocídio de 1994 contra os tutsis no Rwanda, protegendo-se contra discursos de ódio, linguagem divisiva e nomes ou rótulos que discriminam ou desumanizam outras pessoas.
Falando num simpósio, em Acra, sobre o 30º aniversário do genocídio em que morreram mais de um milhão de pessoas em 100 dias, Abani disse que o país precisa de manter a vigilância e reforçar os sistemas de alerta precoce contra o incitamento à violência de todas as formas, tanto online como offline, porque o genocídio nunca acontece sem sinais de alerta.
O responsável, segundo o diário Ghanaian Times, instou ainda o Ghana a “promover o diálogo, defender a justiça e os direitos humanos para todos”, bem como promover a unidade em todo o mundo.
“Os horrores desse capítulo sombrio da história humana servem como um lembrete claro das consequências do ódio, da divisão e da indiferença”, disse
Pediu também a todos os africanos que reflictam pessoalmente sobre o que esta história sombria significa e por que é importante para nós. “Genocídio é uma palavra que evoca horror, tristeza e descrença”, frisou.
Organizado pelo Alto Comissariado do Rwanda no Ghana, em parceria com o Instituto de Gestão e Administração Pública do Ghana (GIMPA), o simpósio teve como objectivo aumentar a consciência da verdade sobre o que aconteceu durante o genocídio e reforçar o compromisso de combater o discurso de ódio, a negação do genocídio e impunidade. JM