Abuja - O Exército nigeriano confirmou esta quinta-feira a prisão de mais dois supostos autores do ataque a uma igreja católica em Owo, sudoeste do país, um acto atribuído ao Estado Islâmico na Província da África Ocidental (Iswap), que causou 40 mortes.
De acordo com o director de Informação do Exército, major-general Jimmy Akpor, a prisão dos alegados terroristas ocorreu na terça-feira, no estado de Ondo (o mesmo onde ocorreu o ataque), poucas horas depois de as autoridades locais terem anunciado a prisão de quatro outros suspeitos.
"Idris Abdulhaleem (um dos dois detidos) coordenou anteriormente com outros comandantes de alto nível do Iswap vários ataques a alvos militares na área do governo local de Okene, no estado de Kogi (centro-sul), dos quais resultaram várias vítimas", afirmou Akpor, em comunicado.
O ataque à igreja de Owo aconteceu em 05 de Junho, quando vários homens armados invadiram o local de culto disparando armas de fogo e fazendo detonar explosivos.
Dias depois, o governo nigeriano atribuiu esse ataque ao Estado Islâmico na Província da África Ocidental, uma facção do grupo terrorista nigeriano Boko Haram, que surgiu em 2015.
Tanto o Boko Haram, formado em 2002, quanto o Iswap já mataram mais de 35.000 pessoas e causaram cerca de 2,7 milhões de deslocados internos, principalmente no nordeste da Nigéria, mas também em países vizinhos como Camarões, Tchade e Níger, segundo dados do governo e da ONU.