Kigali - O café rwandês explodiu em popularidade nos últimos anos e são vendidas toneladas de café através de transmissões em directo.
O sobrelotado mercado chinês obriga muitos empresários a ter de descobrir formas inovadoras de venderem o seu produto. James Kimonyo, embaixador do Rwanda na China, viu o gigantesco sucesso do TikTok e viu uma oportunidade - não para dançar, mas para vender café rwandês.
O embaixador filmou-se a andar de bicicleta pela China e a levar café porta-a-porta, uma iniciativa que procura aproveitar a enorme popularidade do café do Ruanda no país asiático.
"A economia do TikTok na China vale cerca de 5,4 biliões de dólares (cerca de 4,75 biliões de euros) e, além disso, a China é o maior utilizador de internet e tem o maior número de compradores online - e os sistemas de compra no telemóvel são muito eficazes", explicou o embaixador à BBC.
Mas não é a primeira vez que James Kimonyo enveredou por caminhos digitais e streaming para vender café.
O café do Rwanda tornou-se muito popular através do TikTok e das transmissões em directo ('livestreams') do grupo Alibaba, a maior empresa de e-commerce na China. Durante um directo com o embaixador, foi vendida mais de uma tonelada de café do Rwanda, e os empresários seguiram o exemplo de usar estes 'streams' para vender mais produtos ruandeses.
Segundo o jornal rwandês The New Times, o Rwanda assinou um acordo em 2018 com a Alibaba para promover produtos do país no mercado chinês através da eWTP, outra plataforma do gigante do e-commerce chinês.
Agora, agricultores de café do Rwanda estão a exportar directamente através desta plataforma.
E a parceria tem dado resultados. O mercado é tão adepto destes directos de promoção de produtos que, em 2020, um 'stream' pelo grupo Alibaba vendeu três mil pacotes de café do Rwanda (cerca de 1,5 toneladas de café) em menos de um minuto.