Cairo - O governo egípcio insistiu hoje em rejeitar qualquer coordenação com Israel para a gestão da passagem fronteiriça de Rafah, cujo lado palestino está ocupado por aquele país desde o início deste mês após uma ofensiva terrestre, noticia a Prensa Latina.
Uma fonte de alto nível explicou à televisão Al-Qahera que o Cairo está empenhado em coordenar apenas com partidos palestinianos ou internacionais para a operação daquela passagem, na fronteira entre o Egipto e a Faixa de Gaza.
Segundo a fonte, o país também intensificou os contactos com Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) para reactivar as conversações sobre o cessar-fogo e a troca de detidos.
No início de Maio, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu lançou as suas tropas contra a cidade palestiniana de Rafah e a passagem com o mesmo nome, no sul do enclave costeiro.
Netanyahu afirma que o controlo daquela área permitiu ao Hamas contrabandear armas e fornecimentos de guerra através da fronteira, uma afirmação rejeitada várias vezes pelo Cairo.
A operação militar bloqueou a entrada de ajuda humanitária pela travessia, que representou a única via de entrada de produtos vitais durante sete meses.
Na altura, o Egipto condenou veementemente o destacamento e qualquer controlo israelita sobre o lado palestiniano, ao mesmo tempo que se recusou a coordenar o trabalho no país com o seu vizinho em protesto contra a campanha de guerra, também criticada pela comunidade internacional. JM