Cairo - O Egipto apelou à União Europeia (UE) e aos Estados Unidos para que promovam a reconstrução de Gaza e instou-os a apoiar um acordo de paz justo para o povo palestino, informaram hoje em comunicado o Ministério das Relações Exteriores nacional.
De acordo com o comunicado, o ministro egípcio das Relações Exteriores, Badr Abdelatty, manteve uma conversa telefónica sobre o assunto com Kaja Kallas, a alta representante do bloco para Relações Exteriores e Política de Segurança.
O responsável apelou à UE para aumentar a ajuda humanitária ao enclave costeiro, devastado após 15 meses de ataques israelitas, que mataram mais de 47 mil palestinianos.
Abdelatty defendeu também o direito do povo palestiniano de permanecer nas suas terras e alcançar a autodeterminação, ao mesmo tempo que destacou a necessidade de solidificar a trégua alcançada entre Israel e o Movimento de Resistência Islâmica.
O chefe da diplomacia egípcia também discutiu o assunto da mesma forma com o enviado especial dos Estados Unidos para o Médio Oriente, Steven Witkoff, refere um comunicado oficial, citado pela Prensa Latina.
Durante o diálogo, Abdelatty pediu a Washington que participasse nos esforços para alcançar uma solução para o conflito palestino-israelita, com base nas normas internacionais.
Um acordo permanente trará segurança e estabilidade à região, pondo fim a uma disputa de décadas, sublinhou.
O texto observava que ambos os lados abordaram “os últimos desenvolvimentos na implementação do acordo de cessar-fogo de Gaza”, que entrou em vigor em 19 de Janeiro.
Numerosos países árabes, incluindo o Egipto, condenaram nos últimos dias os planos do Presidente Donald Trump de deslocar a população de Gaza com o argumento da reconstrução do território.
O presidente americano propôs enviar a maior parte dos palestinianos que vivem no enclave para o Egipto e Jordânia, que rejeitaram categoricamente tal possibilidade. JM