Maputo - O ACNUR precisa de 7,9 milhões de dólares (1 dólar equivale a Kz 912.00) de "suporte adicional", para continuar a apoiar mais de 362 mil pessoas afectadas pelos ciclones Chido e Dikeledi, no norte de Moçambique.
Os ciclones, que atingiram a região norte de Moçambique entre Dezembro do ano passado e Janeiro, com maior impacto para as províncias de Cabo Delgado e Nampula, afectaram cerca de 736 mil pessoas e causaram a destruição de infra-estruturas públicas e privadas, refere um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), consultado hoje pela Lusa.
"Muitos destes distritos acolhem também um grande número de pessoas deslocadas internamente, que já foram desalojadas pelo conflito (em Cabo Delgado)", refere-se.
A agência explica ainda que esta "crise agravada" realça os "desafios extremos" que os deslocados internos enfrentam, enquanto lutam para recuperar dos conflitos armados e dos choques climáticos no país.
A agência da ONU para os refugiados avançou ainda que já assistiu cerca de 30 mil pessoas e que o suporte adicional servirá para continuar a prover "assistência crucial" aos afectados pelos ciclones no país.
O Governo moçambicano anunciou, quarta-feira, a alocação de 120 milhões de euros (1 euro equivale a Kz 944.74) para assistência e reabilitação de infra-estruturas públicas destruídas na passagem dos ciclones Chido e Dikeledi, no norte do país.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril. JM