A aliança Joining Forces alertou hoje, Dia Mundial da Alimentação, que quase 60 milhões de pessoas afetadas por insegurança alimentar aguda vivem no centro e no oeste do continente africano e quase metade são crianças.
A aliança, que inclui Organizações Não Governamentais (ONG) como a Save the Children, World Vision, SOS Children's Villages, Terre des Hommes, Educo e Plan International, diz que aquelas regiões acumulam quase um quarto das pessoas afetadas pela gravíssima crise alimentar que afecta as áreas mais desfavorecidas do planeta.
"Entre essa população, quase oito milhões de pessoas estão diretamente ameaçadas pela fome e são necessárias acções urgentes", acrescenta a aliança.
As ONGs estimam que mais da metade das famílias afectadas pela insegurança alimentar aguda estão na República Democrática do Congo e na Nigéria.
Outros 12,7 milhões de pessoas afectadas estão no Burkina Faso, Mali e Níger. A Nigéria, em particular, continua a ser um dos países mais preocupantes do mundo para o período entre outubro de 2022 e janeiro de 2023 e para o qual é necessária ajuda imediata.
Nesse sentido, a aliança pede às autoridades locais e à comunidade internacional que fortaleçam os sistemas nacionais de segurança alimentar, aumentem os sistemas de protecção social equitativos, inclusivos e sensíveis às crianças e priorizem as transferências de dinheiro para apoiar melhor as famílias com insegurança alimentar aguda.
Também exige o desenvolvimento e expansão de programas de proteção social sensíveis à nutrição que visem as famílias em maior risco, bem como garantir que as crianças mais vulneráveis e as suas famílias tenham acesso a alimentos nutritivos acessíveis e serviços de saúde adequados, incluindo mulheres grávidas e lactantes, como bem como bebés e crianças menores de cinco anos.